por Larissa Azambuja Magalhães, Psico-oncologista, Especialista em Psicologia Hospitalar e em Cuidados Paliativos. Terapeuta da Dignidade e pioneira em Cuidados Paliativos em Santa Cruz do Sul.
Autocuidado é um gesto profundo de amor por si mesma, mas muitas vezes mal compreendido. Ele precisa de autoconhecimento para ser efetivo e vai muito além de rituais superficiais. Ele é um gesto diário de cuidado genuíno, que respeita tua essência e não impõe culpa por adoecer. Em pleno Outubro Rosa, falar de autocuidado é compreender que ele pode não impedir, por si só, o surgimento de uma doença, mas pode ajudar na sua prevenção, na descoberta precoce e, principalmente, na resposta aos tratamentos. Autocuidado é sobre se priorizar, sobre pausas para se reconectar, para refletir sobre o que te restaura em momentos difíceis. Vai além de práticas específicas; é encontrar o que te faz bem, respeitar teus limites, entender que tua vida importa e buscar o que te recarrega. Ele inclui cuidado com tua saúde integral: corpo, alma, mente e espírito. Embora o diagnóstico de câncer seja um marco, ele não te define. O autocuidado será fundamental em cada fase, não apenas no tratamento, mas no processo de adaptação a uma nova vida.